sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Crônicas do Frio II (18) - A Tocha

Eu que não fumo


Pensei em ascender
Lembrei de coisas que não deveria lembrar
Tão honesto e tão bonito
como as palavras caem bem
Também derrubam

Eis que ser hiato arrasa a alma
Certos olhares devemos esquecer
Elevar o levar acima de mim
Pelo prazer de admirar
Lambido ser pelas madeixas do destino
O arcos e íris vindos de cima

Pensei em acender
Lembrei de cigarro e de Engenheiros
Do prazer que sobe pela coluna cervical 

Após abandonar os pulmões
E inundar o cérebro de tranquilidade

Do deliciar que bate
no martelo e bigorna
e sobe pelo acústico
Tão bom sincero e tão perfeito que dói

Tê-lo lúcido ou sóbrio tanto faz
Atos que já me fizeram ouvir que destrói
Hoje me corroem
A tocha esta acesa
Mas não aquece
Meu coração

[por quantas vidas durarei então?]



#PHpoemaday

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